Paul Zaloom (Estados Unidos da América)

The Adventures of White-Man


Paul Zaloom é um dos mais reputados marionetistas americanos e um mestre na arte de baralhar os códigos para apontar as falhas da sociedade e da política ocidental! Humor corrosivo, a não perder!

TEATRO NACIONAL D. MARIA II - Sala Estúdio
19 de Maio às 21h30 (Sexta)
20 e 21 de Maio às 19h (Sábado e Domingo)
Estreia Nacional

Texto, concepção e intérprete: Paul Zaloom Texto, dramaturgia, construção de marionetas e cenografia: Lynn Jeffries Encenação e textos adicionais: Randee Trabitz Técnico de vídeo: Darryl Yong Construção do dispositivo cénico: Sandy Adams Fotografias: Johanna Austin Apoios: National Performance Network (NPN) Creation Fund Project co-comissionado por Flynn Performing Arts Center, Burlington, Vermont, em parceria com Dance Place in Washington, D.C.; Center for Puppetry Arts, Atlanta, Georgia; e NPN. Creation Fund é apoiado por Doris Duke Charitable Foundation, Ford Foundation e National Endowment for the Arts; Jim Henson Foundation Agradecimentos: Lynn Jeffries, Randee Trabitz, Bread and Puppet Theater, Jim Henson Foundation, Grand Performances, National Performance Network, National Endowment for the Arts, Arnie Molina do Flynn Center em Burlington, Sandy Adams, Darryl Yong e Amanda Zaloom Técnica: Teatro de objectos Idioma: Inglês, com legendagem em português Público-Alvo: +14 Duração: 50 min.
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"Um dos mais originais e talentosos humoristas de sátira política que trabalham no teatro."
- Stephen Holden, New York Times

Paul Zaloom, um dos mais reputados marionetistas americanos, performer, realizador e humorista, é mestre na arte de baralhar os códigos para apontar as falhas da sociedade, da política ocidental e, em particular, da política dos Estados Unidos. Em The Adventures of White-Man (aka White like me), Zaloom conta-nos a história do "homem branco" e das suas dificuldades. O White-Man, um herói intergaláctico caucasiano, deixou o seu planeta Caucazoid e viaja pelo espaço para vir "civilizar" a Terra (povoada de alienígenas). Depois de melhorar a vida dos "nativos", transforma-se num filantropo e salvador, persegue os imigrantes ilegais dos Estados Unidos e combate o socialismo. Vai acabar por perceber com horror que os brancos se tornaram uma minoria nos Estados Unidos de 2040. O que vai ser do White-Man?  

A questão não é representada apenas pelo aspeto racial, mas também pelo conceito de castidade, moralidade, inocência e "civilização", testemunhando com experiência, inteligência e um humor peculiar, as derrapagens sociopolíticas observadas em todo o planeta.

























O elenco de marionetas é retirado da colecção de brinquedos de Zaloom, carros, figuras de acção, bonecas, objectos estranhos e muito mais. A acção em miniatura é projectada em alta definição, num grande ecrã, para que o público possa testemunhar claramente o caos por que passam as minúsculas marionetas.

Seja com marionetas de luva, como o Punch, com o teatro de sombras do Karagoz, ou com teatro de objectos de todos os tipos, ou como actor, Zaloom tem combinado perfeitamente o humor mais ousado e a crítica mais ácida, ou seja, tudo o que seja bom para despertar e arranhar os seus contemporâneos...

"Se nunca viu o grande e sinceramente mordaz Paul Zaloom em acção, aqui está a sua oportunidade... Vai rir até chorar."
- Holland Cotter, New York Times

"(...) Uma sátira política incrivelmente hilariante. É verdadeiramente original. O seu brilho reside na sua irrisória loucura. É um marionetista verdadeiramente inventivo."
- Lloyd Richards, Washington Post

“(...) As suas características vocais são excelentes. E dão uma força motriz ao espectáculo. O texto de Zaloom e da sua colaboradora Lynn Jeffries é absolutamente hilariante (...). Há muitos trocadilhos mordazes e gagues (...) que nos fazem reflectir em como as relações raciais mudaram ao longo dos anos. (...) As marionetas são na sua maioria brinquedos, bonecas e objectos (...). Zaloom e Jeffries (bem como a encenadora Randee Trabitz) são extremamente criativos no modo de como representam o mundo com estes objectos. Gostei realmente da concepção e da extraordinária execução do espectáculo. É como assistir a uma criança crescida a brincar com bonecas. Fez-me sentir novamente como uma criança. Saí com uma enorme sensação de prazer e divertido. Acho que terão a mesma experiência.”
- Richard Hinojosa, nytheater

“(...) Paul Zaloom pode ser um louco no mundo das marionetas, mas há um método para a sua loucura. E não é o habitual louco. O premiado artista Obie ganhou quatro NEA Fellowships, três Jim Henson awards, e uma Guggenheim Fellowship. Zaloom foi um dos primeiros membros do Bread and Puppet Theater e, como artista a solo, criou 15 espectáculos em que destemidamente aborda questões sociais. Dito de outra forma: teve de se controlar para interpretar o cientista maluco Beakman no programa de televisão para crianças vencedor de um Emmy, Beakman's World (...).
- David Greenham, The Arts Fuse

BIO
Paul Zaloom é marionetista, performer, realizador e humorista, especialmente em sátira política, que vive e trabalha em Los Angeles e tem feito digressões com o seu trabalho pelo mundo inteiro. Zaloom escreveu, projectou e actuou em mais de catorze espectáculos a solo, incluindo Fruit of Zaloom, Zaloominations, Sick But True, Velvetville, The Mother of All Enemies.
Pioneiro do teatro de objectos nos Estados Unidos, Paul Zaloom juntou-se aos Bread and Puppet Theater, uma das companhias mais reputadas mundialmente, apenas com 19 anos.
Nos últimos trinta e seis anos de trabalho a solo tem explorado vários tipos de marionetas: teatros de papel, marionetas, marionetas de sombras, projecções, marionetas do tipo Bunraku, marionetas de luva e ventriloquismo. Zaloom também interpretou o cientista extravagante Beakman, na série de culto sobre ciência, Beakman’s World, vencedora de um Emmy.
Zaloom co-escreveu e narrou In Smog and Thunder, um filme cómico sobre uma guerra ficcional entre São Francisco e Los Angeles; co-concebeu, co-escreveu e foi marionetista principal no filme Dante’s Inferno, que fez parte da seleção oficial de 2007 do Slamdance Film Festival, e foi adquirido pelo Museum of Modern Art (MoMA) de Nova Iorque, em 2013, para a sua colecção permanente.
Recebeu inúmeros prémios e apoios (Village Voice OBIE, American Theater Wing Design Award, New York Dance and Performance Award BESSIE, L.A. Weekly Critics' Award, Quatro Citations of Excellence in the Art of Puppetry da Union Internationale de la Marionnette - UNIMA-USA.; Guggenheim Fellowship, quatro National Endowment for the Arts Fellowships, três Henson Foundation Grants, entre outros).

Randee Trabitz fez um pequeno espectáculo em Berlim, levou uma versão de Electra de Sófocles para Delfos, na Grécia, e encenou um musical pirata num cruzeiro da Disney. Em Los Angeles fez uma série de solos com os artistas John Fleck e Paul Zaloom. O seu trabalho tem sido visto em pequenos teatros como: Katselas Theater (Flim Flam), The Lounge (The Artificial Jungle), SOSE (Molly Sweeney), Open Fist (St. Joan and the Dancing Sickness), RedCat (Mother of All Enemies), Hollywood Court (Duel), Café Largo (She Haw), Fountain (Ancient History) e The Tiffany (The Mystery of Irma Vep). Randee também trabalhou em grandes espaços, como Geffen Contemporary - MOCA, Museum of Contemporary Arts, Los Angeles (Happy End) California Adventure Themepark (Chance to Shine), L.A. Opera (Jack and the Magic Songbird) e Performing Arts Center em Santa Clarita (Lysistrata, Hair). Alguns dos seus trabalhos ganharam alguns prémios e apoios. Trabalha muitas vezes no desenvolvimento de novas peças, com escritores como: Bridget Carpenter, Jessica Goldberg (ASK Theater Projects), Jami Brandli, etc. (Will Geer Theatricum Botanicum), Susan Merson, etc. (Ensemble Studio Theater, West) e Julie Hébert em The Open Fist Theater.

Lynn Jeffries é marionetista, cenógrafa, construtora de marionetas e figurinista. Os projectos mais recentes no campo das marionetas, incluem The Borrowers em South Coast Rep, Culture Clash's Peace em Getty Villa, Project Wonderland e The Gogol Project no Bootleg Theater, e Don Quixote no Oregon Shakespeare Festival. Tem mantido uma colaboração contínua com o marionetista e performer Zaloom. Construiu as marionetas, fez a dramaturgia, concepção, e manipulou em diversos projectos, como The Mother of All Enemies, The Abecedarium, White Like Me: a Honky Dory Puppet Show, e no filme Dante's Inferno. Também faz espectáculos de sombras a solo, com o grupo de música The Ditty Bops, que mistura folk, bluegrass, jazz, swing, ragtime e teatro musical. Como membro fundador da Cornerstone Theater Company (desde 1986), criou mais de sessenta produções com e para pessoas de diversas comunidades em Los Angeles e por todos os Estados Unidos. O seu trabalho teatral tem ainda incluído a cenografia, figurinos e concepção de marionetas para Arena Stage, The Guthrie, Long Wharf Theatre, Oregon Shakespeare Festival, South Coast Repertory e TheatreWorks. Recebeu diversos prémios (Theatre LA Ovation Honor; Los Angeles Drama Critics Circle Award for puppet design; Backstage West Garland Award; Drama-Logue Award for scenic design; Backstage West Garland Award for costume design).